As letras que usamos hoje têm sua origem no antigo Império Romano.
Os romanos não só desenvolveram o nosso alfabeto com os seus valores fonéticos,
mas também a forma das letras, a sua estética e as suas relações de espacejamento.
Um belo exemplo de registro da escrita romana antiga encontra-se na base
da Coluna de Trajano em Roma.
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Segundo o epigrafista alemão Emil Hübner, muito provavelmente as
inscrições romanas antigas mais elegantes foram desenhadas
e pintadas com o auxílio de régua e compasso: dificilmente
poderia ser diferente, pois a construção de letras seguindo
proporções pré-estabelecidas certamente faria uso da mesma geometria
empregada no planejamento de edifícios.
Mais ainda: embora seja fácil desenhar bem uma letra pequena
à mão livre, o mesmo não ocorre para letras grandes.
Quanto maior a escala, mais necessários são os instrumentos de desenho geométrico.
Contudo, não existem registros de como exatamente os antigos romanos construíam
suas letras. A partir do período da Renascença, vários estudiosos propuseram
construções geométricos com régua e compasso para reproduzir as letras romanas antigas:
Fra Luca Bartolomeo de Paccioli, Albrecht Dürer, Geofroy Tory, Felice Feliciano, Francesco Tornellio, Giovanni Battista Palatino, entre outros.
Com o advento do computador e da era digital, novas técnicas de representação e de desenho de letras foram
propostas. As mais usadas são o formato bitmap (onde cada letra é representada por uma
matriz de pontos) e o formato vetorial (onde cada letra é representada por curvas de Bézier).
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